Eu não sei se você é um dançarino ou não, se gosta de dança ou não, se possui experiência prévia com dança ou não.
O que quero te contar aqui é que dançar é um recurso terapêutico poderoso!!!
Quando movimentamos o nosso corpo, estamos afetando os impulsos de vida que existem em nosso organismo e em nosso sistema de energias. Se isso for acompanhado de ritmos sonoros produzidos pelos instrumentos musicais, irá acontecer uma potencialização desses impulsos de vida.
O resultado disso é que um processo de carga está sendo construído em nosso sistema de energias, criando um estado de excitação. A continuidade do movimento vai organizando a descarga dessa excitação, formando assim um ciclo simultâneo de carga e descarga, com repercussões bem interessantes em todos os aspectos interligados: corpo, mente, emoções e espiritualidade.
Um estudo na Neuroscience Letters mostrou que a dança terapêutica melhora de maneira consistente o equilíbrio e a estabilidade postural em adultos, especialmente acima dos 40 anos de idade.
Pesquisas publicadas na revista científica Circulation mostraram que dançar é uma forma de exercício aeróbico que afeta positivamente a saúde cardiovascular, reduzindo o risco de doenças cardíacas.
Um estudo publicado no Journal of Sports Science and Medicine comprovou a eficácia da dança terapêutica para melhorar o tônus muscular, afetando a resistência nas atividades motoras e aumentando a flexibilidade para diversos movimentos.
Talvez seja nas emoções que experimentamos os maiores benefícios da dança terapêutica.
Quando dançamos, liberamos endorfinas, dopamina e serotonina, e reduzimos os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Isso irá ajudar você a experimentar uma sensação incrível de relaxamento e bem-estar, com efeitos positivos no seu humor e disposição. Há pesquisas publicadas no International Journal of Stress Management e também no American Journal of Dance Therapy que dão suporte científico a essas afirmações.
A dança terapêutica fornece às pessoas meios criativos de expressar aquilo que está ativado, ajudando a superar desafios emocionais. Afinal, muitos carregamos crenças de que não podemos expressar certas emoções, e acabamos nos tornando reféns de respostas imaturas e reativas, ou então de excesso de excitação, levando a tensões crônicas, patologias e dor emocional.
Tem uma pesquisa bem interessante publicada no Arts in Psychotherapy que destaca como a dança terapêutica pode ser usada para expressar emoções reprimidas e lidar com traumas, pois oferece justamente aquilo que as pessoas traumatizadas mais precisam para seu processo de cura e transformação, que é encontrar experiências seguras para colocar em movimento a tensão gerada pelos eventos traumáticos. A dança oferece de forma maravilhosa esse espaço seguro, especialmente quando experimentada em um set terapêutico, como na Kaya Terapias.
Além disso, em encontros terapêuticos de dança podemos experimentar e fortalecer as nossas habilidades sociais e relações interpessoais, promovendo um senso de pertencimento e conexão com as demais pessoas.
A dança terapêutica oferece efeitos positivos também para a saúde e funcionalidade do cérebro, especialmente as funções cognitivas.
A moderna neurociência vem mostrando que a dança terapêutica aumenta a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de reorganizar-se formando novas conexões neurais. Essa neuroplasticidade é crucial para a aprendizagem e a conectividade funcional do cérebro, especialmente em pessoas de todas as idades.
O mais importante que podemos tirar da leitura desse texto é que a dança terapêutica oferece recursos incríveis de transformar aquilo que está carente de vida em nós. Se sabemos que tensão é a estagnação da energia vital, podemos também afirmar que toda prática que nos ajude e colocar movimento em nossas camadas mais internas irá promover saúde, expressão vital e senso de pertencimento.
A Kaya Terapias oferece encontros regulares de dança terapêutica, conduzidos por terapeutas experientes e capazes de acolher toda e qualquer experiência, tenha você qualquer tipo de relação ou experiência prévia com a dança, ou tenha você alguma limitação física para executar movimentos nos encontros. Seja qual for a sua condição, será bem vindo(a) aos nossos encontros.
Referências:
Quiroga Murcia, J. A., Kreutz, G., Clift, S., & Bongard, S. (2010). Shall we dance? An exploration of the perceived benefits of dancing on well-being. Arts & Health, 2(2), 149-163.
Karkou, V., Aithal, S., Zubala, A., & Meekums, B. (2019). Effectiveness of dance movement therapy in the treatment of adults with depression: A systematic review with meta-analyses. Frontiers in Psychology, 10, 936.
Koch, S. C., Kunz, T., Lykou, S., & Cruz, R. (2014). Effects of dance movement therapy and dance on health-related psychological outcomes: A meta-analysis. The Arts in Psychotherapy, 41(1), 46-64.
Merom, D., Ding, D., et al. (2016). Dance as a domain of physical activity for exercise and health: A critical review. Circulation.
Alpert, P. T., Miller, S. K., et al. (2009). The effect of modified jazz dance on balance, cognition, and mood in older adults. International Journal of Neuroscience, 119(7), 1081-1100.
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