top of page
  • Equipe Editorial Kaya Terapias

Tantra, quando o amor pode se tornar uma experiência sagrada

Costumamos associar a palavra “tantra” com o sexo, mas o tantra na verdade abrange todos os aspectos da vida. “Há uma nova forma de viver quando nos libertamos de nossos condicionamentos e nos abrimos a uma vida consciente, tranquila e natural”, sustenta Diana Richardson, professora de terapias holísticas corporais e autora de diversos livros sobre o tema. Nascida na África do Sul, tornou-se uma discípula do tantra e do mestre Osho na Índia, em 1979. Desde 1993, ela ensina as técnicas do tantra para casais. Atualmente reside na Europa e, juntamente com seu parceiro, promove retiros educativos para casais que buscam aprender sobre o sexo tântrico. Ela acaba de lançar “O Coração do Sexo Tântrico: Um Guia para o Amor e a Satisfação Sexual”.



Ela conta que o verdadeiro desafio que os casais de hoje devem enfrentar é o de manter o amor sempre renovado e atual. Como intensificar esse amor e fazê-lo se expandir? “Graças à forma única e inteligente como aborda o sexo, o tantra traz respostas cujo efeito é ampliar a intimidade e aprofundar o amor. Ao propor o relaxamento, o tantra reduz as tensões sexuais e surpreende ao proporcionar um aumento da alegria e da satisfação. É o que tanta gente almeja sem saber como alcançar”, responde Diana.

Para ela, a sexualidade é fonte de grande sofrimento e de imenso prazer, de bem-estar e de desconforto. “Com frequência, determina nossa felicidade e nossa infelicidade, nosso êxtase e nossa agonia e, por mais importante que seja o papel desempenhado pelo sexo, são raras as pessoas que descobrem como atingir plena satisfação física ou emocional por meio de sua prática”.


A terapeuta ressalta que uma pesquisa recente sobre o fenômeno do orgasmo “revelou que uma pessoa com atividade sexual ‘média’ experimenta vinte segundos de êxtase orgástico por semana, noventa segundos por mês e, portanto, dezoito minutos por ano. Esse cálculo está baseado em um orgasmo que dura dez segundos, o que, aliás, já poderia ser considerado uma tremenda conquista”.

E emenda: “Assim, em 50 anos de atividade sexual, temos o privilégio de desfrutar o êxtase orgástico por aproximadamente quinze horas. É um dado assombroso (e angustiante) se levarmos em conta o número de vezes que fazemos amor e todo o tempo que gastamos sonhando ou sofrendo por causa disso”. Diana observa que, em sua forma mais sublime, o sexo contém um elemento divino. “Ele nos traz para o ‘aqui’, para a divindade do momento presente, no qual nos sentimos totalmente relaxados. Tudo está em seu perfeito lugar. É um êxtase biológico que emana da interação dinâmica de forças opostas e é um alimento para o espírito. Infelizmente, muitos líderes religiosos acreditam que o sexo é um obstáculo no caminho que leva a Deus, por isso defendem que seja evitado a qualquer custo, mesmo que passemos a noite toda sonhando com ele e o dia inteiro pensando nele de forma obsessiva”.


Segredo é reter a energia sexual

O tantra, diz Diana Richardson, “traz um equilíbrio cósmico das energias masculina e feminina, yin e yang, positiva e negativa, dinâmica e receptiva e, assim, podemos enriquecer nossa vida com amor e espiritualidade, dentro e fora de nós, aprendendo a viver para além das meras limitações da biologia”.


Temos aí uma imagem do sexo bem distinta daquela que herdamos. “Seu segredo e seu interesse principal é tentar fazer com que a energia sexual permaneça no corpo, sem ser liberada no orgasmo ou na ejaculação. Se for retida, ela volta a circular pelo corpo, e desse modo desfrutamos plenamente nosso potencial orgástico”, ensina a terapeuta.

Diana explica que na segunda metade do círculo, a fase ascendente, “a energia sexual tem a chance de retornar a seu ponto origem no cérebro para nutrir e revitalizar as glândulas ‘mestras’ do corpo (a pineal e a pituitária), que exercem profunda influência sobre a saúde. A atividade sexual libera diversos fatores hormonais que afetam de forma positiva o corpo e o comportamento, e desde tempos remotos o sexo tem sido associado à longevidade e à iluminação espiritual”, diz. (AED)


Relaxar durante o sexo

Quando o casal consegue reabsorver e reciclar a energia sexual, o sexo se transforma em uma força energizante. “Com base no tantra, o sexo pode ser usado para criar mais vida, e não apenas outra vida. Essa fase espiritual da energia sexual se manifesta quando o homem e a mulher aprendem a relaxar juntos durante o sexo”, observa Diana Richardson.

E emenda: “Nós achamos que, quanto mais fizermos durante o sexo, mais coisas acontecerão, e maior será a recompensa obtida. Jamais pensamos em ir com calma. A tensão produz calor e agitação, e o êxtase surge a partir de uma sensação de frescor e de paz interior. A tensão restringe e contrai, o relaxamento liberta e expande. A tensão cria um pico, o relaxamento cria um vale. A tensão força uma liberação, enquanto o relaxamento permite a absorção”. (AED)



Via: otempo

156 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page